"não sei quanto o mundo é bom, mas ele ficou melhor desde que você chegou"
A minha gravidez não foi planejada, engravidei tomando remédio e foi um susto grande. Eu e o Thiago estávamos namorando há quase 2 anos, quando em junho de 2009, minha menstruação atrasou e eu desconfiada, fiz um teste de farmácia que deu positivo. Foi o Thiago que olhou o teste enquanto eu tomava banho e disse assim: “É, acho que você está grávida, torce pra ser menina”. Eu tinha certeza que não estava grávida, não sentia nada diferente, nada tinha mudado. Para confirmar, no mesmo dia fomos até o hospital Vera Cruz fazer exame de sangue. Era uma terça-feira, eu entrei no consultório com a maior cara de pavor, falando pra médica o por que de estar ali, contando que havia feito o teste de farmácia e tal, e ela com uma paz me disse: "é, então pode estar grávida sim". Quase voei no pescoço dela! Como assim alguém fala algo tão assustador naquela calma? Era a Dra. Mariana Simões. Colhi o sangue, fomos pra casa pra fazer hora e voltamos ao hospital. Lá outro médico nos deu o resultado porque a Dra. Mariana estava num parto. Ele foi curto, grosso e sem dó: “deu positivo, parabéns, agora é só pensar no pré natal”.

Saí de lá tremendo, com o papel na mão, com todos os sintomas de grávida, lendo o “positivo” e o nome da médica... Mariana, o nome que eu queria colocar na minha filha quando tivesse uma.

Aí foi aquela novela, conta pra família, ouve sermão, chora, desespera, enlouquece. Até que ficou tudo bem, Thiago e eu resolvemos noivar e morar juntos. Arrumamos o apartamento, compramos as coisinhas aos poucos, ganhamos outras, e assim nos ajeitamos.

A gravidez foi tranqüila apesar de ter um médico terrorista. Decidi ficar com ele quase até o fim porque os outros que eu procurei que atendiam pelo meu plano de saúde eram bem piores que ele, cesaristas, mercenários e por aí vai.

Eu fiquei enorme, me perguntavam se eram gêmeos. Não teve uma única vez nos últimos dias de gravidez que eu saí na rua sem ouvir essa pergunta de alguém. As pessoas me olhavam encantadas, me paravam pra conversar, me davam elogios.



Foi divertido ser grávida, apesar das dores nos ossos lá de baixo e do pé tão inchado que de noite eu mal conseguia andar. Aproveitei a gravidez do jeito que eu pude. Comprei roupas de gestante, passava nas filas preferenciais, andava esbarrando e exibindo o barrigão feliz da vida por aí. Fiz amigas grávidas e mães na internet.



Comi tudo o que eu quis, bebi muita água, tomei sorvete direto do pote. Recebi muitas massagens deliciosas nos pés, feitas pelo Thiago. Passava horas com eles mergulhados na salmora. Tomei muitos banhos demorados sentada. Lavava a louça e cozinhava sentada.



Tirava mil fotos da barriga. Filmava os movimentos bruscos da bebê lá dentro. Alisava por incessantes minutos a barriga, sentindo os chutes fortes e as passadas de pé. Me lambuzava de creme anti-estria que não resolveram nada. Comprei sabonetes caros pra me dar ao luxo de tomar banho demorado com eles. Li livros sobre gravidez e parto. E no final, li centenas de relatos de parto e chorava em todos eles, imaginando a minha vez.



Um dia fui ao Samaúma, indicação de uma amiga (coincidência ou não, minha filha nasceu no dia do aniversário dela). Já conhecia a Lara assim de vista e encontrei com a Dra. Mariana lá também!
Fomos a uns 5 encontros, depois por motivos de mudança e do trabalho do Thiago, acabamos não conseguindo ir a mais nenhum. Voltamos a freqüentar no penúltimo encontro do ano de 2009. Foi o dia que Lara veio conversar com a gente e então decidimos que seria perfeito tê-la como doula. Logo depois disso, conversamos com a Dra. Mariana e determinamos que ela seria nossa médica. Nós vimos desde o começo que foi essencial tê-las conosco, já que tínhamos uma segurança enorme e tirou um super peso das costas, além de afastar o medo de tentar um parto com plantonista. Hoje eu sei que seria impossível um parto normal com plantonista, já que a primeira dor forte eu ia me assustar e correr pro hospital.

A família de ambos estranhou a nossa decisão de trocar de médico nas últimas semanas. Ouvi muitos palpites sobre a minha escolha de um parto normal e tive que ser muito forte pra aturar todos.

No dia 19 de Janeiro de 2010, uma terça-feira, com 39 semanas e 6 dias, fui a uma consulta com a Dra. Mariana. Lá ela me examinou e fez o deslocamento da bolsa. Como dói aquilo, com certeza dói muito mais do que as contrações. Estava com 2 cm de dilatação! Saí de lá bem contente, com o sentimento de que estava perto de acontecer. Na madrugada comecei a ter dores, pareciam cólicas menstruais, mas não muito fortes, tanto que eu voltei a dormir e no dia seguinte não senti mais nada. Na quarta-feira à tarde meu tampão começou a sair. Saiu aos pedacinhos. Nunca imaginei que uma meleca me faria assim feliz. Sentimento de que aconteceria logo crescia. Na noite de quarta-feira, as dores voltaram mais intensas e eu comecei a anotar a freqüência delas. Vi que elas tinham uma freqüência, duração parecida e estavam aumentando, tive a certeza de que eram as contrações. Quando nunca se teve uma contração, as primeiras são novidade, pelo menos pra mim, não sabia como era. Lá pelas 2h da madrugada, liguei pra Lara. Ela perguntou como estavam as contrações e disse pra eu entrar no chuveiro e ficar lá por um bom tempo. Foi o que eu fiz e as contrações não cessaram, mas amenizaram e eu fui dormir. Acordei quinta de manhã ainda com contrações. Às 15h elas pararam. Lara e Dra. Mariana disseram ser pródromo (falso trabalho de parto).

As contrações voltaram na quinta à noite, mas muito irregulares. Na madrugada elas ficaram mais fortes e regulares, comecei a marcar e tentei dormir um pouco, mas acordava a cada contração, que eram bem mais fortes quando eu ficava deitada. O Thiago resolveu ser solidário e entrou em trabalho de parto junto comigo. Era eu balançando o quadril durante as contrações na porta do banheiro, tentando acalmá-lo enquanto ele vomitava um monte. Fiquei preocupada e com muita dó, quando ele vomita é porque está mesmo passando muito mal.

Pela manhã falei com a Dra. Mariana e logo depois ela foi me examinar. 3 cm de dilatação e colo do útero afinando. Ela disse pra eu ir caminhar, relaxar, etc. A Lara também dizia a mesma coisa, relaxar, curtir o Thiago e os nossos últimos momentos como dois e tentar dormir um pouco.

Minha mãe apareceu em casa, achei que ela ia ter ataques, ficar nervosa, me mandar pro hospital. Mas ela estava calma, disse pro Thiago dormir um pouco pra melhorar e me levou pra dar uma volta. Depois quando voltamos, ela arrumou todo o meu apartamento, fez massagem nas minhas costas durante as contrações e foi buscar almoço pra gente.

Deitei junto com o Thiago que estava febril e tentei dormir. Dei umas cochiladas até que não aguentei mais nenhuma contração deitada, levantei e fiquei um pouco no chuveiro. Minha mãe chegou com uma sopa. Demorei muito tempo pra comer, já que a cada contração eu precisava ficar em pé, balançando os quadris, andando e recebendo massagem da minha mãe nas costas. Eu sentia mais dor na lombar do que na barriga.

  
Quando senti que não dava mais pra ter uma contração desamparada, liguei pra Lara e ela veio logo após o almoço. Como era bom ter uma doula! Me sentia muito tranquila. As contrações estavam ritmadas e bem fortes, mas suportáveis, ainda mais com as massagens que a Lara fazia nas costas.

 

Pra acelerar o trabalho de parto, ela foi pra cozinha fazer chá e eu entrei no chuveiro. Tomei chá de gengibre, canela, pimenta rosa e chocolate em pó, não me lembro se tinha mais ingredientes. Mas até que não estava tão ruim. Lá pelas 18h a Dra. Mariana veio me examinar e eu estava com 5 pra 6 cm de dilatação e o colo do útero bem fininho. Ela disse pra eu ir fazer uma caminhada pra neném descer, ainda estava alta. Lara e Mariana foram embora e eu pedi pro Thiago pra irmos caminhar. Mas ele estava ainda muito mal, disse a ele pra descansar e comecei a andar pelo apartamento. Um micro apartamento na verdade, de um quarto só. Eu ia e voltava, da sala ao quarto, pelo corredor estreito. Quando vinha uma contração eu andava mais depressa, balançava os quadris e abria a boca como a Lara havia me ensinado. A janela escancarada por conta do calor, com certeza eu tinha a plateia do prédio da frente me assistindo. Sentia muita vontade de fazer xixi, quase toda contração eu ia pro banheiro. Urina mesmo nem saía direito, era só vontade. Nos intervalos das contrações eu ia pro computador. Conversei com algumas amigas no MSN e relatei o trabalho de parto no twitter. Nisso eu recebi a ligação da EPTV, filial da Rede Globo em Campinas, interessados em fazer uma entrevista comigo, pois acharam o máximo eu relatar meu trabalho de parto no twitter.



No momento que eu não agüentei mais ficar sentada de tanto que as contrações estavam fortes, falei com a Lara, ela estava voltando. Nessa hora eu não conseguia mais me concentrar muito bem, nem a ideia de sorrir a cada contração pra ela ser menos pior estava dando certo. Mas eu permanecia muito feliz porque estava chegando a hora!

Decidi tomar um banho e ficar pronta. Na hora que eu entrei no chuveiro, senti uma água quente descer. Não era muita água, mas escorreu pelas pernas. Lara disse que poderia ser a bolsa. Tomei o banho, coloquei um vestido e um top por baixo. Lara penteava meus cabelos entre uma massagem e outra nas contrações. Meus pais chegaram quase junto com a Dra. Mariana.



Um novo exame de toque, 9 cm de dilatação! Porém, bebê alta. Fomos caminhar na rua. Foi uma cena inusitada, meia noite, uma grávida enorme acompanhada de médica, doula e pais, andando na Av. Barão de Itapura, escoltada pelo Thiago que ia devagarzinho atrás no carro, caso acontecesse alguma coisa, o carro estava ali. Levamos buzinadas e apareceram baratas pelo caminho, Dra Mariana correu delas morrendo de medo.



Chegamos à padaria, peguei um sorvete de limão. Na primeira mordida me senti estranha, uma pressão muito forte no ventre. Pedi pra ir pro hospital, nem sei bem o por que, só sei que tinha que ir. Me colocaram ajoelhada no carro, no banco de trás, todo mundo da padaria olhando. Dra. Mariana foi conversando comigo no banco da frente e eu distrai um pouco, até que chegamos em casa, eu nem quis sair do carro. O Thiago subiu pra pegar as coisas e eles estavam se organizando pra ir e eu pedi pra alguém ir comigo no carro além do Thiago. Eu estava com medo, minhas pernas doíam e aquela posição era muito estranha. A Lara foi comigo, fazendo massagem nas contrações. Eu ia olhando o caminho, chupando o sorvete, querendo chegar logo. Pra minha sorte, as contrações dentro do carro não foram tão fortes.

Chegamos no hospital e entramos sem problemas. Um enfermeiro veio acompanhar eu e Lara. Fez elogios a mim, disse que toda mulher devia ser forte como eu e chegar daquela maneira no hospital. Fiquei feliz com o elogio e só matutando na minha cabeça: é só isso? Essa é a dor? Lara disse que eu já havia passado pelo pior e que a dor maior era pra dilatar e eu estava quase totalmente dilatada... Então é assim, só? Algo dentro de mim dizia que não seria só aquilo.

Entramos na sala de parto humanizado do hospital Vera Cruz. Fiquei tão feliz de ter entrado naquela sala, tudo estava acontecendo do jeito que eu queria. Eu estava calma, tranqüila, conversando. Dra Mariana até comentou com as enfermeiras se parecia que eu estava com 9 cm de dilatação. Deu um aperto dentro de mim e eu me perguntei de novo se era mesmo só aquilo. Fiquei em cima da bola de pilates e depois entrei na banheira. A partir daí, as contrações vieram de um jeito arrebatador. Tão forte que eu até desligava a hidromassagem pra me concentrar.



A Lara veio com um envelope de uns documentos meus e a foto da Nossa Senhora do Bom Parto estava junto. Minha mãe jura de pés juntos que não foi ela que colocou. A foto apareceu dentro do envelope e até hoje não sei como.

Como a bebê estava alta, Dra. Mariana resolveu romper a bolsa e pediu pra eu fazer força pra ela descer. Tive medo disso, estava com medo de tudo. Perguntei muitas vezes pra ela se ia doer. Não doeu, fiz força e deu certo, a bebê desceu um pouco. Fui para o chuveiro. As contrações estavam fortíssimas e eu fiquei assustada. A partir dali, o medo tomou conta de mim e eu me senti super frágil e também como se estivesse falhado em algo. O medo daquela dor forte era tanto que eu fiquei com receio até de sentar na cadeira de cócoras. Eu não queria me mexer. Depois que eu sentei, Lara veio atrás de mim pra fazer massagem e segurar o chuveirinho. O Thiago estava sentado do lado. Tentei me distrair, olhava pro chão, olhava a Dra. Mariana tirando fotos da gente, olhava pra barra que tinha na minha frente e a segurava a cada contração como a Lara pedia. Mas estava forte demais, eu não tinha mais condições. Não tinha força pra segurar a barra, estava exausta. Minha vontade era parar tudo, inclusive a dor, dormir e continuar depois. Queria deitar ali mesmo e sentir a água cair em mim. Não conseguia me concentrar. Já estava chorando nas dores. A Lara vinha falar comigo, mas agora eu só me lembro da frase “olha no meu olho” e eu olhava aquele olho azul, me concentrava na sua cor e mais nada, implorando pra que tudo acabasse.


 


Me levaram pra cama, fiquei de quatro pra fazer exercícios pra bebê descer. Aí foi insuportável, gritei de dor. Lembro que eu disse algo como “não dá mais, eu não suporto mais”. Parecia que eu ia quebrar no meio. Aí me levaram pra tomar analgesia.

Fui pra outra sala, fiquei sentada na bola de pilates ao lado da maca. A cada dor eu sentia vontade de fazer força e saía muita água, escorria pelas pernas. Queria me enfiar dentro da bola de tanta vergonha com os gritos que eu dei naquela sala, mas era involuntário, a dor estava forte demais. Lembro da Dra. Mariana agachada atrás de mim e eu perguntando onde estava o médico que ia aplicar a analgesia, se ele viria logo. Quando ele finalmente chegou, me colocaram na maca. Eles disseram que não podia me mexer enquanto ele aplicasse. Como não me mexer durante a contração? Segurei a mão da Lara e rezei alto. Pedi pra Deus não me dar nenhuma contração naquele momento, mas ele quis me mostrar que ainda tinha força em mim e veio a contração. Urrei de dor, mas acho que não me mexi.

Saí da sala carregada por Lara e Dra. Mariana. A Sensação era de que eu tinha pés de elefante e não sabia andar muito bem com eles. Fui andando, meio torto, mas sentia tudo.

Finalmente ia acontecer e eu estava mais calma, sem as dores da contração. Me sentia um pouco falida, mas indo em frente porque só assim eu conseguiria. Foi super difícil pra achar uma posição pra eu fazer força no expulsivo.



A posição mais confortável pra mim não dava pra fazer uma força favorável. Até que colocaram as perneiras na cama e deu pra fazer a força ideal. A luz da sala estava apagada, Dra Mariana usava uma lanterna. Estava um ambiente muito gostoso e acolhedor.

Dra. Mariana colocava a mão na minha barriga e me dizia quando vinha a contração. E eu fazia a força. Respirava fundo, segurava e fazia a força. Era difícil concentrar a força embaixo, parecia que ficava toda entalada no meu pescoço. Eu senti muita falta de ar. Quando eu acabava de fazer a força queria respirar todo o ar do mundo. Sentia sede, muita sede.

Depois das dores insuportáveis eu fiquei muito medrosa. Ainda sentia uma dor, mas não era da contração. Era uma dor aguda, como se fosse uma grande pontada dentro de mim. Falei sobre essa dor, mas continuei.
Não sei bem em qual parte de tudo isso, mas minha mãe entrou na sala também. Ficou ela e Lara do meu lado esquerdo e o Thiago perto da minha cabeça, secando o meu suor. Todos de roupinha verde, com touquinha.

No momento em que apareceu a cabecinha, Dra. Mariana anunciou que ela tinha cabelos. Não sei se eu só pensei ou se falei que achei que ia ser careca. Ela queria pegar um espelho pra eu ver. Eu disse “não gente, vamos acabar logo com isso”. Eu estava exausta de verdade. Minha mãe tirou uma foto e me mostrou.

Não sei quanto tempo demorou. Eu me concentrei na força e no que todos falavam, principalmente o Thiago e a Dra. Mariana. Quando o Thiago começou a falar “vai amor, está saindo, ela está vindo”, eu me enchi de emoção. Ele ter falado assim era tudo o que eu precisava, pra seguir em frente, pra ficar calma, pra receber nossa filha.

Depois que a cabeça saiu, foi mais fácil, aquela dor aguda diminuiu e eu senti o resto do corpinho sair. Ela não chorou, deu só um gritinho e veio pro meu colo. Neném não chorou, mas a mãe...


 


4h28 da manhã do dia 23 de janeiro de 2010 Ali estava a minha Mariana, finalmente nos meus braços, toda perfeitinha, me olhando com os olhos atentos, tentando mamar, abrindo a boquinha. Todo mundo falando que ela era enorme e eu achando ela pequenininha e linda, aconchegada no meu colo. As enfermeiras me ajudaram pra ela pegar o peito e mamou.


 Meu coração encheu de amor, falei coisas lindas pra ela ao mesmo tempo que soltei a pérola “é menina mesmo?” tentando olhar do meio das perninhas. Foi mágico. Foi a maior emoção que eu já senti em toda a minha vida. Sempre imaginei esse momento, mas foi muito melhor do que eu pensava.


Sentia uma dorzinha, um incômodo. Perguntei da placenta, ela ainda estava lá dentro. Dra Mariana pediu pra eu fazer uma forcinha, ela saiu e nada mais de dor incomodando o meu momento.

O Thiago cortou o cordão. Fiquei super feliz, ele conseguiu! Aquele Thiago que não podia ver sangue esteve ali o tempo todo comigo, cortou o cordão, tirou foto da placenta, olhou a sua filha nascer e me deu forças pra continuar.



Minha mãe estava realizada, amou ter visto o nascimento da neta, ficou super emocionada e a sua felicidade em poder estar junto nesse momento foi muito gratificante pra mim também.



Quando levaram a pequena (ou grande?) pra limpar, medir, pesar, o Thiago foi atrás e eu fiquei ali, olhando pro teto e pensando no que eu havia acabado de viver. Foi uma experiência maravilhosa e transformadora. Apesar do cansaço eu estava eufórica, querendo conversar sobre o parto, querendo ver minha princesinha, querendo abraçar o Thiago.

4.455 gr e 52 cm de bebê. Era realmente muito grande. Mas como era linda! Como é linda! A cara do Thiago, o que me fez ficar ainda mais apaixonada.



Logo na primeira noite, ainda no hospital, eu conheci o pai maravilhoso que minha filha tem. Ele me fez descansar e cuidou da nossa Mariana. Ele é simplesmente perfeito! Troca fralda, dá banho e faz dormir.


 Nossa estadia no hospital foi muito gostosa, a gente se curtiu pra caramba. Uma semana depois olhamos as fotos e ele disse: “queria tudo de novo!” Eu também, queria viver aqueles momentos novamente, sentir toda aquela euforia, felicidade e emoção. Foi uma delícia! E eu fiquei encantada com o parto. Não me arrependo de nada e faria tudo de novo, muitas vezes.

Depois do parto, fiquei muito ligada a Deus. Durante todo o trabalho de parto eu tive muita fé nele e na Nossa Senhora do Bom Parto, que apareceu misteriosamente em imagem na sala pra me iluminar.

Eu tenho muito que agradecer a Deus. Me deu uma filha linda, um marido perfeito e o parto do jeito que queríamos. Agradeço ao Thiago que ficou o tempo todo comigo, se preocupou, me acalmou e que me ama de um jeito lindo. Agradeço à minha mãe que cuidou tanto de mim, e a ela e ao meu pai, que respeitaram minha decisão, não interferiram em nada e sim incentivaram e estavam orgulhosos.

Agradeço a Dra. Mariana e a Lara, que foram simplesmente espetaculares. Trataram-me como única, me deram segurança. Foram profissionais e amigas, e o meu parto foi assim tão especial e deu tudo certo devido a elas. A minha Mariana já ia ter esse nome, mas agora temos um motivo a mais. E assim, para completar a homenagem, nossa pequena leva o nome, Mariana Lara Pires Braga.





E agora, eu tenho uma família. Um marido e uma filha dos sonhos. Sou esposa, sou mamãe e sou imensamente feliz!


 

Nossa matéria na EPTV Campinas:




postado por Anne às 19:38 - 37 Comentários